quarta-feira, 1 de agosto de 2018

A velhice precoce dos profissionais de TI

Você está ficando velho?

Este artigo  <<não>> é meu, foi escrito por Jean Orengo e certamente vai interessar aos leitores deste blog, pois vale a reflexão.

O artigo original encontra-se no blog da e-core no endereço a seguir:

https://www.e-core.com/pt/blog/a-velhice-precoce-dos-profissionais-de-ti/

Boa leitura!

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Histórias de Usuário ou Estórias de Usuário

    Recentemente estive fazendo uma palestra no TDC Porto Alegre (http://www.thedevelopersconference.com.br/tdc/2017/portoalegre/trilha-analise-de-negocios) sobre documentação de software.
    Ao preparar a apresentação, utilizei como referência alguns textos de outros autores.
Quando fui revisar tudo, percebi que algumas vezes o termo "user stories" estava em inglês, na forma original, e que em algumas traduções havia a expressão "histórias de usuário" e em outras "estórias de usuário".
    Na hora eu pensei "Que confusão!". Como a palestra era em língua portuguesa, decidi por traduzir todas e usei a forma "histórias de usuário", a qual eu tinha como a mais correta, mas já imaginando que alguém certamente questionaria a expressão.
    Terminada a apresentação da palestra, voltei ao meu lugar e não demorou muito para alguém vir me dizer "Gostei muito da sua palestra, mas está escrito errado! O correto é estória de usuário, está escrito história! Arruma lá por favor e depois divulga para nós!"
    Na hora, para dizer a verdade, fiquei um pouco confusa e pensei "Será que cometi essa gafe?" mas não comentei nada e agradeci tanto pelo elogio à palestra quanto pelo comentário.
   Mas é isso aí, então resolvi pesquisar e, sim, o termo "histórias de usuário" é tão ou mais correto do que "estórias de usuário". Essas palavras até são consideradas sinônimas em alguns dicionários onde pesquisei.
    Vejamos alguns exemplos:

Significado de Estória
substantivo feminino
Texto popular; narrativa tradicional: estória infantil.
[Gramática] Palavra preferencialmente usada para designar uma narrativa de ficção: a estória da vovó.
Ver também: história.
https://www.dicio.com.br/estoria/

Significado de Estória
Narrativa de ficção, oral ou escrita.
https://dicionariodoaurelio.com/estoria

estória
es·tó·ri·a
sf. história, acepção 10. [Recomenda-se, como forma preferencial, a grafia história, seja como área de estudos científicos, seja como narrativa de ficção (lendas, contos, casos etc.).]
http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=est%C3%B3ria

História ou estória?
    "A palavra estória é muito antiga na língua portuguesa, acredita-se que tenha surgido no século XIII. Empregava-se a forma estória quando a intenção era se referir às narrativas populares ou tradicionais não verdadeiras, ou seja, ficcionais. Já a palavra história era utilizada em outro contexto, quando a intenção era se referir à História como ciência, ou seja, a história factual, baseada em acontecimentos reais.
    A palavra estória é considerada um tipo de arcaísmo, isto é, aquelas palavras que, por serem muito antigas, quase não usamos mais. Ela era utilizada quando ainda não havia uma grafia uniformizada para as nossas palavras, mas, em 1943, com a vigência do nosso sistema gráfico, a Academia Brasileira de Letras entendeu que não deveria mais haver diferenças entre história e estória e que a palavra história deveria ser empregada em qualquer situação, seja para nomear narrativas ficcionais ou reais."
http://escolakids.uol.com.br/historia-ou-estoria.htm

Um artigo curto e interessante sobre o assunto pode ser lido em https://thoughtsasaservice.wordpress.com/2011/07/11/estoria-ou-historia/ 

Uma reflexão que talvez possamos ter seria: "O texto que servirá de insumo para o desenvolvimento de uma funcionalidade de um software pode ser considerado uma forma de ficção?"

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Afinal, os detalhes são ou não importantes?

A minha palestra foi selecionada para o The Developer's Conference. Vai participar? Confira!


http://www.thedevelopersconference.com.br/tdc/2017/portoalegre/trilha-analise-de-negocios

Com o advento das metodologias ágeis, esta pergunta tem se tornado parte do cotidiano. O que devo documentar (ou não)? Porquê? O que precisa estar escrito e o que pode estar subentendido? Documentação de código ou manual de usuário são suficientes? Posso trocar o caso de uso pelas histórias de usuários?

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

domingo, 20 de agosto de 2017

Procura-se profissional júnior... será???


Quantas vezes você já viu oportunidades para profissionais de nível pleno ou sênior, inclusive, e que são listadas como vagas para estagiário ou profissional júnior?
É bem comum ver anúncios semelhantes a este:

Oportunidade de Emprego
Analista de Negócios Jr.
Perfil: Iniciante
Graduado em Ciência da Computação, Informática ou áreas afins. Conhecimentos em gestão de projetos, liderança de equipes, metodologias ágeis. Necessário ter experiência anterior como analista de negócios e desenvolvimento de sistemas. Inglês avançado.

Espera ai, pessoal. Não tem algo de errado?

Isso seria mesmo uma vaga para um profissional Júnior? E isso quando não tem um monte de nomes de tecnologias que nem um arquiteto ou DBA sênior conheceriam... ou que não tem nada a ver com a oportunidade que está sendo divulgada e ainda, às vezes, escritas erroneamente ou com um “português” de doer...

Vamos destacar algumas coisas: “Oportunidade” de Emprego. Isso quer dizer uma vaga de emprego que oportunize ao profissional desenvolver uma carreira. Ainda, quando você inclui no título da vaga a palavra “Jr.” poderíamos, inclusive rever o conceito da frase anterior: “Oportunidade” de Emprego para profissional Júnior. Isso quer dizer uma vaga de emprego que oportunize ao profissional iniciar uma carreira.

Sabemos que sempre haverá profissionais que se candidatarão a essas “oportunidades”. Algumas vezes profissionais que não tem todos os requisitos (o que me parece mais óbvio, visto a palavra “Jr.” no título) ou profissionais com ótimos conhecimentos teóricos, mas sem experiência e, em ambos os casos, provavelmente não serão selecionados.

Porém há um perfil de profissional que certamente terá todas as características desejadas e que, por um lapso de insanidade ou desespero, enviará seu currículo. É um profissional pleno (conforme o dicionário: “que está completo, inteiro.”) ou ainda um profissional sênior (acho que não preciso trazer esta definição, não é mesmo?). Essas pessoas, que já possuem uma experiência sólida, carreira e espaço definidos no mercado de trabalho, se sujeitam a “oportunidades” como esta descrita acima, tendo em vista a perspectiva de ficar desempregado.

Qual o resultado disso? Profissionais, recrutadores e empresas felizes? Ou profissionais que recebem um salário muito abaixo das suas qualificações, recrutadores desesperados para conseguir pessoas que se enquadrem em todos os requisitos necessários e empresas com diversos funcionários subutilizados e infelizes?

Sabemos que quem escreve o texto das vagas a serem publicadas na maioria das vezes não são os recrutadores, mas vale sempre a reflexão. Qual é o objetivo da vaga mesmo? Que tipo de profissional está buscando? Qual a faixa salarial? Esse requisito é realmente obrigatório ou somente “desejável”?

Infelizmente vemos muito isso quando acessamos um site de vagas ou o próprio Linkedin. Será que aqueles que disponibilizam estas vagas, não estão sendo rigorosos demais? Se a intenção é realmente contratar um jovem estagiário ou profissional júnior, não seria melhor que, ao invés de exigirmos dele experiência, pedíssemos a ele que tivesse conhecimentos teóricos, aptidão para a profissão, vontade de aprender?

Se você é um jovem em busca de emprego, certamente vai se decepcionar quando ver uma vaga descrita com essas palavras e exigências.

Se você é um profissional pleno/sênior (e não estiver há meses ou anos desempregado), provavelmente se decepcionará também.

E se você é recrutador e uma empresa solicitar a divulgação de uma vaga de emprego como essa? Bom, neste caso, a menos que você consiga negociar com o seu cliente para que o mesmo possa definir melhor a vaga, você já deve saber que terá um trabalho bastante árduo pela frente.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Não mate a sua criatividade!


Ao longo dos anos, desenvolveram-se no que diz respeito às profissões e às carreiras e, principalmente no âmbito da Tecnologia da Informação, duas vertentes de pensamentos e certamente você se encontra em uma delas: ser especialista ou não ser?

Apesar de o assunto parecer esgotado para muitos e já ter sido debatido por pessoas extremamente qualificadas das áreas de gestão, desenvolvimento pessoal, psicológico e o que mais você quiser, eu vou me atrever (sim, eu vou) a escrever sobre isso.

Ser generalista é um pensamento mais óbvio, até por que a grande maioria das pessoas “escolhe” sua profissão por ser rentável ou por ter mais oportunidade de emprego, o que lembra aquela frase famosa de Lewis Carroll: “Se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve.”, adaptando para a situação mencionada, se vocês não tiverem uma vocação específica ou não tiverem um sonho, uma grande vontade de ter determinada profissão, vocês poderão ter qualquer profissão (arquiteto, engenheiro, mestre de obras, azulejista, pedreiro, servente, etc.) e poderão viver infelizes para sempre.

Mas vejam só, um pensamento que parece sensato é: se vocês tiverem uma profissão qualquer, desde que seja rentável, então poderão ser felizes fora do ambiente de trabalho. E, neste caso, passarão grande parte do dia fazendo algo que incomoda, aborrece, faz querer mudar. E muitas vezes, mata sua criatividade, torna vocês em pessoas infelizes, que nem conseguem se divertir quando finalmente o relógio chega às 18 horas.

Do ponto de vista do profissional, seria bom ser especialista? Sim, em geral seria. Se ele pudesse escolher a melhor profissão para si mesmo, aquela que lhe desse mais prazer em passar o dia. Bom para o profissional no sentido de que ele faria o que quer fazer. Mas.... e se não houverem vagas de emprego para a sua especialização? De fato a oportunidade de emprego (ou a falta dela) tem sido um fator decisivo para os profissionais escolherem o seu rumo.

Quantos programadores(as) você conhece que não “nasceram para programar”? Não têm boa lógica? Não gostam de programar? Reclamam do seu emprego como programador o tempo todo? Preferiam ser analistas de negócios, médicos ou uma “simples” modelo internacional milionária e magérrima? Bom, neste caso, lamento informar, mas temos mais vagas para programadores mesmo.

Este artigo foi escrito com um objetivo: fazer refletir sobre a oportunidade de ser quem você quer ser, sem descuidar da sua profissão/especialização. Estudar outras temáticas, ficar aberto a novos horizontes, fazer cursos, ler ou simplesmente conversar com pessoas de outras áreas que nos interesse mais, é um bom começo. Se ainda não sabe muito bem o que quer, procure conhecer várias profissões, como é o dia a dia de quem tem aquela profissão, quais talentos ela exige.

Aos profissionais eu peço: não matem sua própria criatividade. Não se rendam a necessidade do salário do final do mês, mantenham-no, é claro, mas preparem seu futuro para chegar onde você quer um dia, até por que, se formos falar em aposentadoria... bom, melhor pensar sobre a carreira mesmo.