sexta-feira, 17 de julho de 2015

O que é ser analista?

Por Neiva Nessi, por favor, mantenham os meus direitos autorais!

Diariamente vemos a vida "tecnológica" de quem escolheu carreira na T.I. se modificar. Com o advento das metodologias ágeis, muitos profissionais estão se perguntando sobre o seu lugar nessa nova estrutura de T.I., que pelo jeito, chegou para ficar.
Antes de começar a escrever este artigo, perguntei ao Google, e é claro, ele me respondeu. Diz ele que analista é: "que ou o que analisa."; que ou quem realiza análises (químicas, clínicas, etc.)." e "obsl. diz-se de ou pessoa versada em álgebra." (seja lá o que droga queira dizer " obsl "!)
Ele ainda tem outras definições, mas pra mim essas bastaram. Sim, se encaixa perfeitamente no meu trabalho.
Com toda a minha experiência como "Analista de sistemas", "Analista de requisitos", "Analista de Negócios" e "Analista de Processos", você deve estar se perguntando: Por que diabos ela ainda precisa de definição dessa palavra?
A dúvida cabe. E bem. Vejamos um pouco do meu papel atualmente:
1- conhecer, em linhas gerais, a necessidade do cliente, através do gerente de projetos e documentações existentes, para ter melhor entendimento e argumentação ao conversar com o cliente;
2- conversar com o cliente e entender as suas necessidades, desejos e principalmente, objetivos;
3- analisar, em detalhes, a situação atual do processo (informatizado ou não), sistema ou metodologias utilizadas pelo cliente;
4- analisar, em detalhes, os objetivos do cliente e como melhor alcançá-los, partindo da situação atual;
5- definir a melhor solução para que os objetivos do cliente sejam plenamente alcançados, seja criando, alterando ou implantando um sistema ou processo informatizado.
6- documentar a solução definida, em um nível de detalhe específico, de acordo com o meu papel no projeto: alto nível (se o meu papel neste projeto for somente analista de requisitos, processos ou negócios) ou em um nível mais baixo e próximo da tecnologia (se o meu papel neste projeto for analista de sistema ou ainda projetista). Em um artigo futuro, falaremos um pouco mais sobre essa parte.

É, você achava que o papel de analista era fácil? Bom, agora não parece tanto, não é? Você ainda tem dúvidas? Então vamos lá:
Atualmente existe uma grande tendência de confundir duas coisas bem diferentes: "Ágil" e "Sem Documentação". Em algumas empresas o que estou vendo é um terceiro elemento a essa confusão: o "de qualquer jeito, pra entregar rápido". Agora você está se sentindo mais em casa, não é mesmo?
Não, isso não é privilégio da sua empresa, ou de qualquer outra. Os clientes estão mais exigentes a cada dia e as necessidades econômicas estão nos fazendo inventar a cada dia "novos designs" para a pirâmide Qualidade x Tempo x Custo, tão bem conhecidas dos gerentes de projetos.
Com isso, tudo o que é supérfluo é descartado. Então, muitos cargos são extintos e pessoas são demitidas e entenda-se bem, diante da situação financeira global, é absolutamente normal.
Não preciso entrar em detalhes do que é importante ou não no ciclo de vida de um sistema, já tantas vezes descrito e documentado. O que eu quero instigar em vocês é um a pergunta básica sobre as 6 macro atividades do meu trabalho que eu descrevi acima: Quais dessas atividades podem ser suprimidas?
Eu não vou responder a essa pergunta por que eu escolhi trabalhar assim. Escolhi realizar essas tarefas e nessa ordem: conhecer, conversar, entender, analisar, definir e só depois documentar.
Então chegamos aqui com uma gama de novos assuntos que nem eu pensei que ia gerar! Nos próximos artigos conversaremos melhor sobre muitas dessas coisas.

Por agora, se já deixei você curioso, consegui cumprir meu papel de analista!

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